- Insuficiência cardíaca. Se o sangue não tem pressão suficiente, não consegue regressar ao centro do corpo e acumula-se nas extremidades.
- Problemas renais. Antes gostava de água como se de um líquido sagrado se tratasse. Ainda gosto, mas a partir de certa altura passei a beber menos. Bebia às refeições mas depois ganhei a ideia de que água a mais, prejudicaria os efeitos dos sucos digestivos. Bebia muito também desde que fosse gelada, o que será óptimo para contrabalançar o consumo em excesso de calorias, mas depois dei-me conta, finalmente, de que a minha garganta ressentia-se bastante disso. Passei a beber menos. Mas recentemente a minha mãe sugeriu-me que bebesse mais de um litro por dia, e assim o fiz. Inchaço nos pés pode ser ser a consequência negativa que procurava e que denuncia o que não quero encarar: que posso estar a fazer a retenção de líquidos devido a um mau funcionamento dos rins.
- Meias duplas. Sempre que posso, ando. Quando vou à Capital, é típico andar mais de 5 quilómetros por dias... e é lá que trabalho presencialmente. Portanto como ando bastante, é vulgar andar com dois pares de meias para proteger os pés de fricções e maus jeitos. Mas e se tal medida, abusada, tem consequências? Poderão os pés, excessivamente tolhidos ou protegidos, em calor ou simplesmente em aperto, sofrerem alterações fisiológicas que justifiquem os inchaços que reparo agora? Hoje fui só com um par pela primeira vez talvez em mais de um ano... parece-me menos inchado que ontem... mas pode ser "whishfull thinking", pensamentos reflectindo o meu desejo.
O nosso corpo é plástico, e os nossos hábitos, os nossos pequenos acidentes moldam-no. Joga-se à bola para se manter a forma física, e pequenas micro-lesões acumulam-se. Um dia descobrimos que a sua capacidade de regeneração está esgotada, e a nossa boa forma física foi uma doação da nossa velhice, que pensado melhor, talvez não quiséssemos ter feito. É difícil encontrar a combinação certa de actos que nos favorecem ao máximo, com menor risco e maior recompensa. A ironia é que sendo seres pensantes, capazes de alterar os nosso hábitos com vista à nossa melhor manutenção, podemos precisamente fazer o contrário. Talvez estivéssemos melhor senão pensássemos tanto.
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